sábado, 9 de abril de 2011

Petrobras esclarece aumento de combustível

Aumento nos postos reflete o preço do etanol adicionado à gasolina, explica Petrobras. A empresa diz que não tem qualquer influência em relação à volatilidade do preço do etanol que vem ocorrendo.

 
A Petrobras divulgou, hoje, esclarecimento sobre o aumento dos combustíveis. A empresa informa que a  última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%, em junho de 2009.
Segundo a empresa, desde 2009 não foi aplicado qualquer reajuste no preço da gasolina “A” que é vendida para as distribuidoras, sem adição de etanol. Os recentes aumentos nos postos de abastecimento se referem ao aumento do preço do etanol anidro, que é adquirido e adicionado à gasolina pelas distribuidoras, no percentual de 25%, informou a Petrobras.
De acordo com a empresa, do preço que o consumidor paga nos postos, a parte da Petrobras (realização) representa cerca de 30%, ou seja, se o consumidor paga três reais pelo litro, a parte da Petrobras é de cerca de um real. A Petrobras informou também que os impostos representam 41% do preço final. A parte das distribuidoras e dos revendedores (postos), segundo a empresa, é de 12% e o etanol anidro adicionado à gasolina corresponde a 18% do preço final do combustível.
Como pode ser constatado, a Petrobras vem, há 23 meses, mantendo o preço da gasolina em suas refinarias no mesmo valor, mesmo com os aumentos do barril de petróleo no mercado internacional, que já chegou a US$145, no segundo semestre de 2008, e hoje está em torno de US$120.
A Petrobras esclarece, ainda, que não tem qualquer influência em relação à volatilidade do preço do etanol que vem ocorrendo. Visando incentivar o aumento da produção nacional de etanol, a empresa vem ingressando no setor desde 2009, por meio de sua subsidiária Petrobras Biocombustível.
Sobre a gasolina "A", que é vendida por suas refinarias às distribuidoras, a política da Petrobras, ao longo dos últimos anos, tem como premissa não repassar para o consumidor a volatilidade dos preços internacionais do petróleo no curto prazo. A Companhia pratica ajustes quando o valor do produto no mercado internacional estaciona em determinado patamar.
Dessa forma, os preços se mantêm alinhados aos principais concorrentes mundiais no longo prazo e o consumidor brasileiro fica protegido da extrema volatilidade do mercado internacional de derivados, que reflete muitas vezes conflitos geopolíticos, fatores climáticos ou movimentos especulativos, além do balanço de oferta e demanda, com componentes sazonais que variam entre as diversas regiões produtoras.
Sobre notícias relacionadas com eventuais desabastecimentos de combustíveis, a Petrobras esclarece que vem atendendo às solicitações das distribuidoras. Além de manter suas refinarias operando a plena carga para atender a demanda nacional de derivados, cujo crescimento foi de 10% em 2010 e ficou em 5% no primeiro trimestre de 2011, a Companhia tem mobilidade para importar gasolina e outros derivados em caso de necessidade ou para manter estoque de segurança, como ocorreu em 2010 e recentemente, com a importação de 1,5 milhão de barris, suficientes para atender a demanda nacional por dois a três dias.
FONTE: http://acritica.uol.com.br

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